Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 166
Filtrar
1.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 12, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1432148

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate sociodemographic factors associated with the consumption of ultra-processed foods and the temporal evolution of their consumption in Brazil between 2008 and 2018. METHODS The study used food consumption data of individuals aged ≥ 10 years from 2008-2009 and 2017-2018 Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Surveys), grouping the foods according to the Nova classification. We used crude and adjusted linear regression models to assess the association between sociodemographic characteristics and consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 and the temporal variation in their consumption between 2008 and 2018. RESULTS Ultra-processed foods accounted for 19.7% of calories in 2017-2018. The adjusted analysis showed that their consumption was higher in women (versus men) and the South and Southeast regions (versus North) and lower in blacks (versus whites) and rural areas (versus urban), in addition to decreasing with the increased age and increasing with higher education and income. Consumption of ultra-processed foods increased by 1.02 percentage points (pp) from 2008-2009 to 2017-2018. This increase was significantly higher among men (+1.59 pp), black people (+2.04 pp), indigenous (+5.96 pp), in the rural area (+2.43 pp), those with up to 4 years of schooling (+1.18 pp), in the lowest income quintile (+3.54 pp), and the North (+2.95 pp) and Northeast (+3.11 pp) regions. On the other hand, individuals in the highest level of schooling (-3.30 pp) and the highest income quintile (-1.65 pp) reduced their consumption. CONCLUSIONS The socioeconomic and demographic segments with the lowest relative consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 are precisely those that showed the most significant increase in the temporal analysis, pointing to a trend towards national standardization at a higher level of consumption.


RESUMO OBJETIVO Avaliar fatores sociodemográficos associados ao consumo de alimentos ultraprocessados e a evolução temporal do consumo no Brasil entre 2008 e 2018. MÉTODOS Foram utilizados dados do consumo alimentar de indivíduos com idade ≥ 10 anos das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2017-2018. Os alimentos foram agrupados segundo a classificação Nova. Modelos de regressão linear brutos e ajustados foram utilizados para avaliar a associação entre características sociodemográficas e o consumo de ultraprocessados em 2017-2018 e a variação temporal de seu consumo entre 2008 e 2018. RESULTADOS Alimentos ultraprocessados representaram 19,7% das calorias em 2017-2018. A análise ajustada mostrou que seu consumo foi maior no sexo feminino ( versus masculino) e nas regiões Sul e Sudeste ( versus Norte), e menor em negros ( versus brancos) e na área rural ( versus urbana), além de diminuir com o aumento da idade e aumentar com escolaridade e renda. O consumo de ultraprocessados aumentou 1,02 pontos percentuais (pp) de 2008-2009 a 2017-2018, sendo este aumento mais expressivo em homens (+1,59 pp), negros (+2,04 pp), indígenas (+5,96 pp), na área rural (+2,43 pp), naqueles com até 4 anos de estudo (+1,18 pp), no quinto mais baixo de renda (+3,54 pp) e nas regiões Norte (+2,95 pp) e Nordeste (+3,11 pp). Por outro lado, seu consumo se reduziu na maior faixa de escolaridade (-3,30 pp) e no quinto mais alto de renda (-1,65 pp). CONCLUSÕES Os segmentos socioeconômicos e demográficos que tiveram menor consumo relativo de ultraprocessados em 2017-2018 são justamente os que apresentaram um aumento mais expressivo na análise temporal, apontando para uma tendência de padronização nacional em um patamar de consumo mais alto.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Fatores Socioeconômicos , Ingestão de Alimentos , Alimentos, Dieta e Nutrição , Alimento Processado
2.
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1390030

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the trend of household food acquisition according to the NOVA classification in Brazil between 1987-1988 and 2017-2018. METHODS We used household food acquisition data from five editions of the Pesquisas de Orçamentos Familiares (Household Budget Surveys), conducted by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics), in the years 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009, and 2017-2018. All reported foods were categorized according to the NOVA classification. The household availability of food groups and subgroups was expressed through their share (%) in total calories, for all Brazilian families, by household situation (urban or rural), for each of the five geographic regions of the country, by fifths of the household income per capita distribution (2002-2003, 2008-2009 and 2017-2018 surveys), and for the 11 main urban regions of the country (1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 and 2017-2018 surveys). Linear regression models were used to assess the trend of increasing or decreasing food purchases. RESULTS The diet of the Brazilian population is still composed predominantly of foods in natura or minimally processed and processed culinary ingredients. However, our findings point to trends of increasing share of ultra-processed foods in the diet. This increase of 0.4 percentage points per year between 2002 and 2009 slowed down to 0.2 percentage points between 2008 and 2018. The consumption of ultra-processed food was higher among households with higher income, in the South and Southeast regions, in urban areas, and in metropolitan regions. CONCLUSION Our results indicate an increase in the share of ultra-processed foods in the diet of Brazilians. This is a worrisome scenario, since the consumption of such foods is associated with the development of diseases and the loss of nutritional quality of the diet.


RESUMO OBJETIVO Avaliar a tendência da aquisição domiciliar de alimentos de acordo com a classificação NOVA no Brasil entre 1987-1988 e 2017-2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de aquisição domiciliar de alimentos provenientes de cinco edições da Pesquisas de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos anos 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018. Todos os alimentos reportados foram categorizados segundo a classificação NOVA. A disponibilidade domiciliar dos grupos e subgrupos de alimentos foi expressa por meio de sua participação (%) nas calorias totais, para o conjunto das famílias brasileiras, por situação do domicílio (urbana ou rural), para cada uma das cinco regiões geográficas do país, por quintos da distribuição de renda domiciliar per capita (inquéritos de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018); e para as 11 principais regiões urbanas do país (inquéritos de 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018). Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar a tendência de aumento ou diminuição na aquisição dos alimentos. RESULTADOS A dieta da população brasileira ainda é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados e ingredientes culinários processados. No entanto, nossos achados apontam tendências de aumento da participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Esse aumento que foi de 0,4 pontos percentuais ao ano na primeira porção do período estudado, entre 2002 e 2009, e desacelerou para 0,2 pontos percentuais entre 2008 e 2018. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entres os domicílios de maior renda, nas regiões Sul e Sudeste, na área urbana, e nas regiões metropolitanas. CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo apontam um aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta dos brasileiros. Cenário preocupante, uma vez que o consumo de tais alimentos está associado ao desenvolvimento de doenças e à perda da qualidade nutricional da dieta.


Assuntos
Fatores Socioeconômicos , Economia dos Alimentos , Brasil , Alimentos Industrializados , Alimentos, Dieta e Nutrição , Alimentos in natura
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(supl.1): e00119421, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1374857

RESUMO

This is a cross-sectional population-based study that describes the score of ultra-processed food consumption, applied in the Brazilian National Health Survey performed in 2019, and its association with sociodemographic factors in Brazilian adults (18 years or older). The score of ultra-processed food consumption was calculated by adding up the positive answers about the consumption on the previous day of 10 subgroups of ultra-processed foods frequently consumed in Brazil. The distribution of the score in the population was presented as a count. Poisson regression models were used to evaluate the crude and adjusted associations of scores equal to or higher than five subgroups of ultra-processed foods with urban/rural area, geographic region, sex, age group, schooling level, and wealth index. About 15% of the Brazilian adults reached scores equal to or higher than five. After adjustment for confounders, the prevalence of consuming five or more subgroups of ultra-processed foods decreased linearly with age, increased linearly with wealth quintiles and it was higher in urban areas, in the Southeast and South regions (compared to the others) and in men. Public policies that reduce the consumption of ultra-processed foods with emphasis on strata of the population at the greatest risk are essential and monitoring the score of ultra-processed food consumption across studies and populations will be important to assess the success of these policies.


Estudo transversal de base populacional com objetivo de descrever o escore de consumo de alimentos ultraprocessados, avaliado na Pesquisa Nacional de Saúde em 2019, e sua associação com fatores sociodemográficos em adultos brasileiros (com 18 anos ou mais). O escore de consumo de alimentos ultraprocessados foi calculado, somando as respostas positivas a perguntas sobre o consumo no dia anterior de dez subgrupos de alimentos ultraprocessados, consumidos frequentemente no Brasil. A distribuição da pontuação na população foi apresentada na forma de contagem. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson para avaliar as associações brutas e ajustadas para pontuações iguais ou maiores de subgrupos de ultraprocessados, de acordo com situação (urbana/rural), macrorregião, sexo, grupo etário, escolaridade e índice de riqueza. Cerca de 15% dos adultos brasileiros obtiveram pontuações iguais ou superiores a cinco. Após ajustar para fatores de confusão, a prevalência do consumo de cinco ou mais subgrupos de ultraprocessados diminuiu de maneira linear com a idade, aumentou de maneira linear com os quintis de renda e foi mais alta nas áreas urbanas, nas regiões Sul e Sudeste e em homens. São necessárias políticas públicas que reduzam o consumo de alimentos ultraprocessados, com ênfase nos segmentos da população com maior risco. Para avaliar o sucesso dessas políticas, será importante monitorar os níveis de consumo de ultraprocessados entre os diversos estudos e populações.


El objetivo de este estudio transversal, de base poblacional, es describir la puntuación para el consumo de comida ultraprocesada y su asociación con factores sociodemográficos en adultos brasileños (con 18 años de edad o más). Los datos proceden de la Encuesta Nacional de Salud llevada a cabo en 2019. La puntuación para el consumo de comida ultraprocesada se calculó sumando las respuestas positivas a preguntas sobre el consumo el día previo de 10 subgrupos de comidas ultraprocesadas frecuentemente consumidas en Brasil. La distribución de la puntuación en la población se presentó como un dato de conteo. Fueron utilizados modelos de regressioón de Poison para evaluar las asociaciones crudas y ajustadas de puntuaciones iguales a o superiores a cinco subgrupos de comidas ultraprocesadas con áreas urbanas/rurales, región geográfica, sexo, grupo de edad, nivel de escolaridad, e índice de riqueza. Alrededor de un 15% de los adultos brasileños alcanzaron puntuaciones iguales o mayores que cinco. Tras el ajuste para los factores de confusión, la prevalencia del consumo de cinco o más subgrupos de comidas ultraprocesadas decrecío, aumentando linealmente con los quintiles de riqueza y era superior en las áreas urbanas, en las regiones Sur y Sudeste (comparadas con las otras) y en hombres. Son necesarias políticas públicas para reducir el consumo de comidas ultraprocesadas con enfásis en los estratos poblacionales en mayor riesgo. Monitorear la puntuación del consumo de comida ultraprocesada a través de estudios y poblaciones será importante para evaluar el éxito de estas políticas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Dieta , Fatores Sociodemográficos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Manipulação de Alimentos
4.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 1-9, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1361137

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To study the association between ultra-processed food consumption and carbon and water footprints of the Brazilian diet. METHODS Cross-sectional analysis on data collected in 2008-2009 on a probabilistic sample of the Brazilian population aged ≥ 10 years (n = 32,886). Individual food intake was assessed using two 24-hour food records, on non-consecutive days. The environmental impact of individual diets was calculated by multiplying the amount of each food by coefficients that quantify the atmospheric emissions of greenhouse gases in grams of carbon dioxide equivalent (carbon footprint) and freshwater use in liters (water footprint), both per gram or milliliter of food. The two coefficients consider the food life cycle 'from farm to fork.' Crude and adjusted linear regression models and tests for linear trends assessed the association between the ultra-processed food contribution to total energy intake (quintiles) and the diet carbon and water footprints. Potential confounders included age, sex, education, income, and region. Total energy intake was assessed as a potential mediation variable. RESULTS In the crude models, the dietary contribution of ultra-processed foods was linearly associated with the carbon and water footprints of the Brazilian diet. After adjustment for potential confounders, the association remained significant only regarding the diet water footprint, which increased by 10.1% between the lowest and highest quintile of the contribution of ultra-processed foods. Additional adjustment for total energy intake eliminated this association indicating that the dietary contribution of ultra-processed foods increases the diet water footprint by increasing energy intake. CONCLUSIONS The negative impact of ultra-processed foods on the diet water footprint, shown for the first time in this study, adds to the negative impacts of these foods, already demonstrated regarding dietary nutrient profiles and the risk for several chronic non-communicable diseases. This reinforces the recommendation to avoid ultra-processed foods made in the official Brazilian Dietary Guidelines and increasingly in dietary guidelines of other countries.


Assuntos
Humanos , Criança , Água , Manipulação de Alimentos , Brasil , Ingestão de Energia , Estudos Transversais , Dieta , Ingestão de Alimentos , Fast Foods
5.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 102, 2022. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1410048

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate beef consumption and its influence on carbon and water footprints, as well as to improve the nutritional quality of the Brazilian diet. METHODS The amount of beef and other foods consumed was evaluated by two 24-hour food records in a representative sample of the Brazilian population ≥ 10 years of age (n = 32,853) from 2008 to 2009. The environmental impact of the diet considered the coefficients of the carbon footprint (gCO2 and/kg) and the water footprint (liters/kg) of the foods, as well as their nutritional quality considering the nutrient composition of each food associated with the prevention of nutritional deficiencies or the increase/decrease in chronic disease risk. Linear and logistic regression models, crude and adjusted for sex, age, education, income, region, and area, were used to respectively study the association of fifths of the caloric contribution of beef with the environmental impacts of the diet and inadequate nutrient intake. RESULTS Carbon and water footprints and protein, iron, zinc, vitamin B12, saturated fat, and sodium contents were higher in the fraction of the diet composed of beef, whereas fiber and added sugar contents were higher in the fraction composed by the other foods. Dietary beef contribution was directly associated with the carbon and water footprints of the diet and the risk of saturated fat and sodium excess, besides fiber insufficiency, inversely associated with the risk of protein, iron, zinc, and vitamin B12 insufficiency. CONCLUSION Reducing beef consumption in Brazil would also reduce the carbon and water footprints of the diet, as well as the risk of chronic diseases related to food. Therefore, in order not to increase the risk of nutritional deficiencies, monitoring the increased intake of other foods rich in protein, iron, zinc, and vitamin B12 is suggested.


RESUMO OBJETIVO Estimar o consumo de carne bovina e a sua influência nas pegadas de carbono e na pegada hídrica, bem como mesurar a qualidade nutricional da dieta no Brasil. MÉTODOS A quantidade consumida de carne bovina e dos demais alimentos foi avaliada por dois registros alimentares de 24 horas em amostra representativa da população brasileira ≥ 10 anos de idade (n = 32.853) entre 2008 e 2009. O impacto ambiental da dieta considerou os coeficientes da pegada de carbono (gCO2e/kg) e da pegada hídrica (litros/kg) dos alimentos, bem como sua qualidade nutricional considerando a composição de cada alimento em nutrientes associados à prevenção de deficiências nutricionais ou ao aumento/diminuição do risco de doenças crônicas. Modelos de regressão linear e logística, brutos e ajustados para sexo, idade, escolaridade, renda, região e área, foram utilizados para estudar, respectivamente, a associação de quintos da contribuição calórica de carne bovina com os impactos ambientais da dieta e com a ingestão inadequada de nutrientes. RESULTADOS As pegadas de carbono e hídrica e os teores de proteína, ferro, zinco, vitamina B12, gordura saturada e sódio foram maiores na fração da dieta composta por carnes bovinas, enquanto o teor de fibra e de açúcar de adição foram maiores na fração composta pelos demais alimentos. A contribuição dietética de carne bovina mostrou-se associada diretamente com as pegadas de carbono e hídrica da dieta e com o risco de ingestão excessiva de gordura saturada e de sódio, além de ingestão insuficiente de fibra, associando-se inversamente com o risco de ingestão insuficiente de proteína, ferro, zinco e vitamina B12. CONCLUSÃO A redução no consumo de carne bovina no Brasil diminuiria as pegadas de carbono e hídrica da dieta, assim como o risco de doenças crônicas relacionadas à alimentação. Portanto, para não aumentar o risco de deficiências nutricionais, é sugerido o acompanhamento do aumento da ingestão de outros alimentos fontes de proteína, ferro, zinco e vitamina B12.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Avaliação Nutricional , Usos da Água , Ingestão de Alimentos , Pegada de Carbono , Carne
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(supl.1): e00323020, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374805

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de escopo da literatura acerca da associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e desfechos em saúde. A busca foi realizada nas bases PubMed, Web of Science e LILACS. Foram elegíveis os estudos que avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados identificados com base na classificação NOVA e os desfechos em saúde. O processo de revisão resultou na seleção de 63 estudos, os quais foram analisados em termos de qualidade com base em ferramenta do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Os desfechos encontrados incluíram indicadores de obesidade, marcadores de risco metabólico, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, asma, depressão, fragilidade, doenças gastrointestinais e mortalidade. A evidência foi particularmente consistente para obesidade (ou indicadores relacionados a ela) em adultos, cuja associação com o consumo de ultraprocessados foi demonstrada, com efeito dose-resposta, em estudos transversais com amostras representativas de cinco países, em quatro grandes estudos de coorte e em um ensaio clínico randomizado. Grandes estudos de coorte também encontraram associação significativa entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, mesmo após ajuste para obesidade. Dois estudos de coorte demonstraram associação do consumo de alimentos ultraprocessados com depressão e quatro estudos de coorte com mortalidade por todas as causas. Esta revisão sumarizou os resultados de trabalhos que descreveram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e as diversas doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco, o que traz importantes implicações para a saúde pública.


El objetivo de este estudio fue realizar una revisión de alcance de la literatura sobre la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y los resultados de salud. La búsqueda se realizó en las bases de datos PubMed, Web of Science y LILACS. Fueron elegibles los estudios que evaluaron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados identificados según la clasificación NOVA y los resultados de salud. El proceso de revisión resultó en la selección de 63 estudios, cuya calidad se analizó con base en una herramienta delo Instituto Nacional de Salud de Estados Unidos Los resultados encontrados incluyeron indicadores de obesidad, marcadores de riesgo metabólico, diabetes, enfermedad cardiovascular, cáncer, asma, depresión, fragilidad, enfermedad gastrointestinal y mortalidad. La evidencia fue particularmente consistente para la obesidad (o indicadores relacionados con ella) en adultos, cuya asociación con el consumo de alimentos ultraprocesados se demostró, con un efecto dosis-respuesta, en estudios transversales con muestras representativas de cinco países, en cuatro grandes estudios de cohortes y en un ensayo clínico aleatorizado. Grandes estudios de cohortes también encontraron una asociación significativa entre el consumo de alimentos ultraprocesados y el riesgo de enfermedades cardiovasculares, diabetes y cáncer, incluso después de ajustar la obesidad. Dos estudios de cohortes mostraron una asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y la depresión y cuatro estudios de cohortes con mortalidad por todas las causas. Esta revisión resumió los resultados de estudios que describieron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y las diversas enfermedades crónicas no transmisibles y sus factores de riesgo, lo que tiene importantes implicaciones para la salud pública.


The aim of this study was to conduct a literature scope review of the association between the consumption of ultra-processed foods and health outcomes. The search was carried out in the PubMed, Web of Science and LILACS databases. Studies that assessed the association between the consumption of ultra-processed foods, identified on the NOVA classification, and health outcomes were eligible. The review process resulted in the selection of 63 studies, which were analyzed in terms of quality using a tool from the National Institutes of Health. The outcomes found included obesity, metabolic risk markers, diabetes, cardiovascular diseases, cancer, asthma, depression, frailty, gastrointestinal diseases and mortality indicators. The evidence was particularly consistent for obesity (or indicators related to it) in adults, whose association with the consumption of ultra-processed foods was demonstrated, with dose-response effect, in cross-sectional studies with representative samples from five countries, in four large cohort studies and in a randomized clinical trial. Large cohort studies have also found a significant association between the consumption of ultra-processed foods and the risk of cardiovascular diseases, diabetes and cancer - even after adjusting for obesity. Two cohort studies have shown an association of ultra-processed foods consumption with depression and four cohort studies with all-cause mortality. This review summarized the studies' results that described the association between the consumption of ultra-processed foods and various non-communicable diseases and their risk factors, which has important implications for public health.


Assuntos
Humanos , Criança , Adolescente , Adulto , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Estados Unidos , Brasil , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Estudos Transversais , Dieta/efeitos adversos , Obesidade/etiologia
9.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 1-10, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1352177

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: To estimate the carbon footprint of the Brazilian diet and of sociodemographic strata of this population. METHODS: Carbon footprint of the diet was estimated based on data from two 24-hour diet records, obtained in 2008 and 2009, from a probabilistic sample of the Brazilian population aged 10 years and over (n = 34,003) and on environmental impact coefficients of food and culinary preparations consumed in Brazil (gCO2e/kg). Means with 95% confidence intervals of food consumption (kcal/person/day) and the carbon footprint of the diet (gCO2e/person/day and in gCO2e/2,000kcal) were calculated for the population as a whole and for strata according to sex, age, income, education, macro-regions and Federative Unit. Linear regression models were used to identify significant differences (p < 0.05) in the dietary carbon footprint of different sociodemographic strata. RESULTS: The average carbon footprint of the Brazilian diet was 4,489gCO2e/person/day. It was higher for males, for the age group from 20 to 49 years and for the North and Midwest regions, and tended to increase with income and education. The pattern of association of footprint with sociodemographic variables did not change substantially with adjustment for differences in the amount of food consumed, except for a reduction in the relative excess of the footprint among males and an increase in the relative excess of the footprint in the Midwest region. CONCLUSION: The carbon footprint of the Brazilian diet exceeds by about 30% the footprint of the human diet, which could simultaneously meet the nutritional requirements of a healthy diet and the global goal of containing the increase in the planet's average temperature. The pattern of association of this footprint with sociodemographic variables can help identify priority targets for public actions aimed at reducing the environmental impacts of food consumption in Brazil.


RESUMO OBJETIVO: Estimar a pegada de carbono da dieta brasileira e de estratos sociodemográficos dessa população. MÉTODOS: A pegada de carbono da dieta foi estimada com base nos dados de dois registros alimentares de 24 horas, obtidos em 2008 e 2009, de uma amostra probabilística da população brasileira com 10 ou mais anos de idade (n = 34.003) e em coeficientes de impacto ambiental de alimentos e preparações culinárias consumidos no Brasil (gCO2e/kg). Médias com intervalos de confiança de 95% do consumo alimentar (kcal/pessoa/dia) e da pegada de carbono da dieta (gCO2e/pessoa/dia e em gCO2e/2.000kcal) foram calculadas para o conjunto da população e para estratos segundo sexo, idade, renda, escolaridade, macrorregiões e Unidade Federativa. Modelos de regressão linear foram utilizados para identificar diferenças significativas (p < 0,05) na pegada de carbono da dieta de diferentes estratos sociodemográficos. RESULTADOS: A pegada média de carbono da dieta brasileira foi de 4.489gCO2e/pessoa/dia. Foi maior para o sexo masculino, para a faixa etária de 20 a 49 anos e para as regiões Norte e Centro-Oeste, e tendeu a aumentar com a renda e a escolaridade. O padrão de associação da pegada a variáveis sociodemográficas não se alterou substancialmente com o ajuste para diferenças na quantidade consumida de alimentos, exceto por uma redução no excesso relativo da pegada entre homens e pelo aumento no excesso relativo da pegada na região Centro-Oeste. CONCLUSÃO: A pegada de carbono da dieta brasileira excede em cerca de 30% a pegada da dieta humana que poderia atender, simultaneamente, os requisitos nutricionais de uma dieta saudável e a meta global de contenção do aumento da temperatura média do planeta. O padrão de associação dessa pegada às variáveis sociodemográficas pode auxiliar na identificação de alvos prioritários para ações públicas que visem a reduzir os impactos ambientais do consumo alimentar no Brasil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Dieta , Pegada de Carbono , Brasil , Inquéritos sobre Dietas , Necessidades Nutricionais
10.
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1156856

RESUMO

ABSTRACT This study describes body weight changes among participants of the NutriNet Brasil cohort (n = 14,259) during the covid-19 pandemic. We analyzed data reported before the pandemic onset (01/26/2020 to 03/18/2020) and about six months after (09/14/2020 to 10/19/2020). Our results show that 19.7% of the participants gained ≥ 2 kg. Weight gain was directly associated with male gender, lower education, and previous presence of overweight, and inversely associated with age. In turn, 15.2% lost ≥ 2kg, being directly associated with male gender and previous presence of overweight and inversely associated with age.


RESUMO Este estudo descreve modificações no peso corporal de participantes da coorte NutriNet Brasil (n = 14.259) ocorridas durante a pandemia de covid-19. Foram analisados dados informados em período anterior ao início da pandemia (26/01/2020 a 18/03/2020) e cerca de 6 meses após (14/09/2020 a 19/10/2020). O ganho de peso ≥ 2 kg alcançou 19,7% dos participantes, mostrando-se diretamente associado ao sexo masculino, à menor escolaridade e à presença prévia de excesso de peso, sendo inversamente associado à idade. A perda de peso ≥ 2kg alcançou 15,2% dos participantes, mostrando-se diretamente associada ao sexo masculino e à presença prévia de excesso de peso, sendo inversamente associada à idade.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Peso Corporal , Pandemias , COVID-19 , Brasil/epidemiologia , Aumento de Peso , Estudos de Coortes , Fatores Etários , Sobrepeso
13.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 13, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1289979

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the Nova score for the consumption of ultra-processed foods (UPF) and evaluate its potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil. METHODS This study was conducted in São Paulo with a convenience sample of 300 adults. Using a tablet, participants answered a 3-minute electronic self-report questionnaire on the consumption of 23 subgroups of UPF commonly consumed in Brazil, regarding the day prior the survey. Each participant score corresponded to the number of subgroups reported. The dietary share of UPF on the day prior to the survey, expressed as a percentage of total energy intake, was calculated based on data collected on a 30-minute complete 24-hour dietary recall administered by trained nutritionists. The association between the score and the dietary share of UPF was evaluated using linear regression models. The Pabak index was used to assess the agreement in participants' classification according to the fifths of Nova score and the fifths of dietary share of UPF. RESULTS The average dietary share of UPF increased linearly and significantly with the increase of the Nova score for the consumption of ultra-processed foods. We found a substantial agreement in participants' classification according to the fifths of the distribution of scores and the fifths of the dietary share of UPF (Pabak index = 0.67). Age was inversely associated with a relatively high frequency of UPF consumption (upper fifth of the distribution) for both score and dietary share of UPF. CONCLUSION The Nova score for the consumption of ultra-processed foods, obtained in a quick and practical manner, shows a good potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil.


RESUMO OBJETIVO Descrever o escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar seu potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta. MÉTODOS Estudo realizado na cidade de São Paulo com amostra de conveniência de 300 adultos, que responderam, em cerca de três minutos, em um tablet, a um questionário eletrônico de autorrelato sobre o consumo, no dia anterior, de 23 subgrupos de alimentos ultraprocessados comumente consumidos no Brasil. O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.


Assuntos
Humanos , Adulto , Fast Foods , Manipulação de Alimentos , Brasil , Ingestão de Energia , Dieta
14.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 47, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1289984

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the magnitude of consumption of ultra-processed foods in the adult population (≥ 18 years old) in the capitals of the 27 federative units of Brazil, as well as its association with sociodemographic variables. METHODS Data used in this study stem from participants (n = 52,443) of the 2019 wave of the annual survey of the "National surveillance system for risk and protective factors for chronic diseases by telephone survey" (Vigitel). The consumption of ultra-processed foods was described based on a score, corresponding to the sum of positive responses to questions about consumption on the previous day of thirteen subgroups of ultra-processed foods frequently consumed in Brazil. Poisson regression models were used to describe the crude and adjusted associations between high consumption of ultra-processed foods (scores ≥ 5) and sex, age group, and level of education. RESULTS The frequency of high consumption of ultra-processed foods was 18.2% (95% CI 17.4-19.0). With or without adjustment for other sociodemographic variables, this frequency was significantly lower in females and decreased linearly with age. In the crude analysis, there was an increase in the frequency of high consumption from the lower level to the intermediate level of education and a decrease in this consumption from the intermediate level to the upper level. In the analysis adjusted for sex and age, the frequency of high consumption of ultra-processed foods was significantly lower at the higher level of education (12 or more years of study), with no differences between the other levels. CONCLUSION Ultra-processed foods are consumed with high frequency in the adult Brazilian population in the 27 capitals of the federation. Being male, younger and having less education than university are conditions that increase, independently, the consumption of these foods.


RESUMO OBJETIVO Descrever a magnitude do consumo de alimentos ultraprocessados na população adulta (≥ 18 anos) das capitais das 27 unidades federativas do Brasil e sua associação com variáveis sociodemográficas. MÉTODOS Os dados utilizados neste estudo provêm dos participantes (n = 52.443) da onda 2019 do inquérito anual do "Sistema nacional de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico" (Vigitel). O consumo de alimentos ultraprocessados foi descrito com base em escore correspondente à somatória de respostas positivas para questões sobre o consumo no dia anterior de treze subgrupos de alimentos ultraprocessados frequentemente consumidos no Brasil. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para descrever as associações bruta e ajustada do alto consumo de alimentos ultraprocessados (escores ≥ 5) com sexo, faixa etária e nível de escolaridade. RESULTADOS A frequência de alto consumo de alimentos ultraprocessados foi 18,2% (IC95% 17,4-19,0). Com ou sem o ajuste para as demais variáveis sociodemográficas, essa frequência foi significativamente menor no sexo feminino e diminuiu linearmente com a idade. Na análise bruta, evidenciou-se aumento na frequência de alto consumo do nível inferior para o nível intermediário de escolaridade e diminuição desse consumo do nível intermediário para o superior. Na análise ajustada por sexo e idade, a frequência de alto consumo de alimentos ultraprocessados foi significativamente menor no nível superior de escolaridade (12 ou mais anos de estudo), não havendo diferenças entre os demais níveis. CONCLUSÃO Alimentos ultraprocessados são consumidos com alta frequência na população brasileira adulta das 27 capitais da federação. Pertencer ao sexo masculino, ser mais jovem e ter escolaridade inferior à universitária são condições que aumentam, de forma independente, o consumo desses alimentos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Comportamento Alimentar , Fast Foods , Brasil , Estudos Transversais , Dieta , Manipulação de Alimentos
15.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 91, 2020. tab
Artigo em Inglês | BBO, LILACS | ID: biblio-1127240

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the dietary characteristics of participants in the NutriNet Brasil cohort immediately before and during the covid-19 pandemic. METHODS Our data stem from an adult cohort created to prospectively investigate the relationship between diet and morbidity and mortality from chronic non-communicable diseases in Brazil. For this study, we selected the first participants (n = 10,116) who answered twice to a simplified questionnaire on their diet the day before, the first time when entering the study, between January 26 and February 15, 2020, and the second between May 10 and 19, 2020. The questionnaire inquiries about the consumption of healthy (vegetables, fruits and legumes) and unhealthy (ultra-processed foods) eating markers. Comparisons of indicators based on the consumption of these markers before and during the pandemic are presented for the study population and according to gender, age group, macro-region of residence and schooling. Chi-square tests and t-tests were used to compare proportions and means, respectively, adopting p < 0.05 to identify significant differences. RESULTS For all participants, we found a modest but statistically significant increase in the consumption of healthy eating markers and stability in the consumption of unhealthy food markers. This favorable pattern of dietary changes during the pandemic occurred in most sociodemographic strata. We observed a less favorable changing pattern, with a tendency to increasing consumption of healthy and unhealthy food markers, in the Northeast and North macro-regions and among people with less schooling, suggesting social inequalities in the response to the pandemic. CONCLUSIONS If confirmed, the trend of increased consumption of ultra-processed foods in underdeveloped regions and by people with less schooling is concerning, as eating these foods increases the risk of obesity, hypertension and diabetes, whose presence increases the severity and lethality of covid-19.


RESUMO OBJETIVO Descrever características da alimentação dos participantes da coorte NutriNet Brasil imediatamente antes e na vigência da pandemia de covid-19. MÉTODOS Os dados deste estudo provêm de coorte de adultos criada para investigar prospectivamente a relação entre alimentação e morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Para este estudo, foram selecionados os primeiros participantes (n = 10.116) que responderam por duas vezes a questionário simplificado sobre sua alimentação no dia anterior, a primeira vez ao ingressar no estudo, entre 26 de janeiro e 15 de fevereiro de 2020, e a segunda entre 10 e 19 de maio de 2020. O questionário indaga sobre o consumo de marcadores de alimentação saudável (hortaliças, frutas e leguminosas) e não saudável (alimentos ultraprocessados). Comparações de indicadores baseados no consumo desses marcadores antes e na vigência da pandemia são apresentadas para o conjunto da população estudada e segundo sexo, faixa etária, macrorregião de residência e escolaridade. Testes qui-quadrado e testes t foram utilizados para comparar proporções e médias, respectivamente, adotando-se p < 0,05 para identificar diferenças significantes. RESULTADOS Para o conjunto dos participantes, identificou-se aumento modesto, porém estatisticamente significante, no consumo de marcadores de alimentação saudável e estabilidade no consumo de marcadores de alimentação não saudável. Esse padrão favorável de mudanças na alimentação com a pandemia se repetiu na maior parte dos estratos sociodemográficos. Padrão menos favorável de mudanças, com tendência de aumento no consumo de marcadores de alimentação saudável e não saudável, foi observado nas macrorregiões Nordeste e Norte e entre pessoas com menor escolaridade, sugerindo desigualdades sociais na resposta à pandemia. CONCLUSÕES Caso confirmada, a tendência de aumento no consumo de alimentos ultraprocessados nas regiões economicamente menos desenvolvidas e por pessoas com menor escolaridade preocupa, pois a ingestão desses alimentos eleva o risco de obesidade, hipertensão e diabetes, cuja presença aumenta a gravidade e a letalidade da covid-19.


Assuntos
Humanos , Adulto , Pneumonia Viral/epidemiologia , Infecções por Coronavirus/epidemiologia , Dieta/tendências , Doenças não Transmissíveis/mortalidade , Brasil , Estudos de Coortes , Morbidade , Pandemias , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19
16.
Rev. Nutr. (Online) ; 32: e180124, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1041299

RESUMO

Abstract Objective Describe the development and the reliability assessment of an index that evaluates the confidence in performing cooking skills considered relevant in Brazil. Methods The development of the Cooking Skills Index was based on the self-efficacy beliefs and its theoretical reference was the Dietary Guidelines for the Brazilian Population. It measures, from zero to 100, the degree of confidence in performing ten cooking skills considered as facilitators for the implementation of Brazilian Dietary Guidelines recommendations. Experts (face validity) evaluated the index. A pilot study (n=10) and a test-retest (n=51) was conducted by telephone interviews and computerized assistance with adults responsible for food preparation at home in São Paulo. Reliability was assessed by Cronbach's alpha, quadratic weighted kappa and prevalence and bias adjusted kappa. Results The Cooking Skills Index was coherent with the adopted theoretical framework according to the experts. It was fast and easy to apply to the participants. It showed a good internal consistency (Cronbach's alpha >0.70) and an acceptable to excellent reproducibility (weighted kappa=0.55, adjusted kappa=0.89). Conclusion The Cooking Skills Index has a good reliability and is therefore recommended to evaluate cooking skills confidence in Brazilian studies developed in contexts similar to those of this study.


Resumo Objetivo Descrever o desenvolvimento de um instrumento que avalia a confiança no desempenho de habilidades culinárias consideradas relevantes no Brasil, e avaliar sua confiabilidade. Métodos O Índice de Habilidades Culinárias foi desenvolvido com base na crença de autoeficácia e tendo como referencial teórico o Guia Alimentar para a População Brasileira. Ele mensura, com uma escala entre zero e 100, o grau de confiança das pessoas quanto ao desempenho de dez habilidades culinárias consideradas facilitadoras da implantação das recomendações do Guia Alimentar brasileiro. O índice passou por apreciação de especialistas (validade de face). E, após, por estudo piloto (n=10) e teste-reteste (n=51), conduzidos com aplicação das questões - via entrevistas telefônicas e com auxílio de sistema informatizado - a adultos responsáveis pela alimentação em casa residentes em São Paulo. Avaliou-se a confiabilidade pelo cálculo do alpha de Cronbach e do kappa ponderado quadrático e kappa ajustado para prevalência e viés. Resultados O Índice de Habilidades Culinárias foi considerado coerente com os referenciais adotados pelos especialistas, e de rápida e fácil aplicação pelos participantes; mostrou boa consistência interna (alpha de Cronbach >0,70) e reprodutibilidade aceitável a excelente (kappa ponderado 0,55; kappa ajustado 0,89). Conclusão O Índice de Habilidades Culinárias possui boa confiabilidade, podendo ser utilizado em estudos brasileiros que avaliem confiança no desempenho de habilidades culinárias em contextos similares ao deste estudo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Culinária , Brasil , Inquéritos e Questionários , Reprodutibilidade dos Testes , Autoeficácia
17.
Rev. panam. salud pública ; 41: e35, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-961628

RESUMO

ABSTRACT Objective To describe the prevalence of "active" (self-propelled, human-powered) transportation in the Latin America and Caribbean (LAC) region over the past decade. Methods MEDLINE, Excerpta Medica (Embase), SportDiscus, Lilacs, MediCarib, Web of Science, OVID, CINAHL, Scopus, Google Scholar, National Transportation Library, and TRIS/TRID were searched for articles on active transportation published between January 2003 and December 2014 with (at least) a title and abstract in English, Portuguese, or Spanish. Research was included in the study if the two reviewing authors agreed it 1) was conducted in an adult sample (≥ 18 years old), 2) was designed to be representative of any LAC area, and 3) reported at least one measure of active transportation. Reference lists of included papers and retrieved reviews were also checked. A total of 129 key informants (87 scientific experts and 42 government authorities) were contacted to identify additional candidate publications. Two other authors extracted the data independently. Results A total of 10 459 unique records were found; the full texts of 143 were reviewed; and a total of 45 studies were included in the study, yielding estimates for 72 LAC settings, most of which were in Argentina, Brazil, and Colombia. No eligible studies were found for the years 2003-2004, resulting in a 10-year study time frame. Estimates were available for walking, cycling, or the combination of both, with a high degree of heterogeneity (heterogeneity index (I2) ≥ 99%). The median prevalence of active transportation (combining walking and cycling) was 12.0%, ranging from 5.1% (in Palmas, Brazil) to 58.9% (in Rio Claro, Brazil). Men cycled more than women in all regions for which information was available. The opposite was true for walking. Conclusions Prevalence of active transportation in LAC varied widely, with great heterogeneity and uneven distribution of studies across countries, indicating the need for efforts to build comprehensive surveillance systems with standardized, timely, and detailed estimates of active transportation in order to support policy planning and evaluation.


resumen está disponible en el texto completo


RESUMO Objetivo Descrever a prevalência do "deslocamento ativo" (uso de modais de transporte autopropulsados e de propulsão humana) na região da América Latina e Caribe (ALC) na última década. Métodos Foi realizada uma busca nos bancos de dados MEDLINE, Excerpta Medica (Embase), SportDiscus, Lilacs, MediCarib, Web of Science, OVID, CINAHL, Scopus, Google Scholar, National Transportation Library e TRIS/TRID por artigos sobre deslocamento ativo publicados entre janeiro de 2003 e dezembro de 2014 com (pelo menos) título e resumo em inglês, espanhol ou português. Pesquisas foram incluídas no estudo se os dois autores da revisão concordaram que a pesquisa 1) havia sido realizada em uma amostra de adultos (≥ 18 anos de idade), 2) tinha o intuito de ser representativa de uma área da ALC e 3) relatava pelo menos uma medida de deslocamento ativo. As referências bibliográficas dos artigos e revisões incluídos também foram analisadas. Foram contatados 129 informantes-chave (87 peritos científicos e 42 autoridades de governo) para identificar possíveis publicações adicionais de interesse. Outros dois autores extraíram os dados de maneira independente. Resultados Foram encontrados 10 459 registros não duplicados; os textos completos de 143 foram examinados; e 45 foram incluídos na revisão, gerando estimativas para 72 regiões da ALC, a maioria na Argentina, Brasil e Colômbia. Não foi encontrado nenhum estudo dos anos 2003-2004 que atendesse os critérios de inclusão; portanto, o período de análise foi de 10 anos. Foram obtidas estimativas para caminhada, deslocamento com bicicleta ou a combinação de ambos os modais; con alto grau de heterogeneidade (índice de heterogeneidade (I2) ≥ 99%). A prevalência mediana de deslocamento ativo (combinação de caminhada e deslocamento com bicicleta) foi de 12,0%, variando de 5,1% (em Palmas, Brasil) a 58,9% (em Rio Claro, Brasil). Homens andaram de bicicleta mais do que as mulheres em todas as regiões para as quais havia informações disponíveis. Constatou-se o oposto em relação à caminhada. Conclusões A prevalência de deslocamento ativo variou muito na ALC, com grande heterogeneidade e distribuição desigual de estudos entre países. Isso indica necessidade de esforços para construir sistemas de vigilância integrais que proporcionem estimativas padronizadas, oportunas e detalhadas do deslocamento ativo para subsidiar a formulação e avaliação de políticas.


Assuntos
Adulto , Estudos Ecológicos , América
18.
Rev. saúde pública ; 51(supl.1): 15s, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845908

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the impact on the prevalence changes of risk factors for chronic diseases, published in the Surveillance System of Risk and Protection Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (Vigitel), after the inclusion of data from the population only with mobile phone. METHODS Our study used data from the 26 State capitals and Federal District of Brazil obtained by the National Survey on Health (PNS) and Vigitel, both held in 2013. In each capital, we added a subsample of 200 adults living in households with only mobile phones, extracted from PNS, to the Vigitel 2013 database, with approximately 1,900 households, named Vigitel dual frame. RESULTS Vigitel results showed absolute relative biases between 0.18% and 14.85%. The system underestimated the frequency of adult smokers (10.77%), whole milk consumption (52.82%), and soft drink consumption (22.22%). Additionally, it overestimated the prevalence of hypertension (25.46%). In the simulations using Vigitel dual frame, with inclusion of the sample of adults living in households with only mobile phones, the bias of estimates was reduced in five out of eight analyzed indicators, with greater effects in regions with lower rates of landline coverage. In comparing regions, we observed negative correlation (ρ = −0.91) between the percentage of indicators with presence of bias and the percentage of households with only mobile phone. CONCLUSIONS The results of this study indicate the benefits of including a subsample of 200 adults with only mobile phone on the Vigitel sample, especially in the capitals of the North and Northeast regions.


RESUMO OBJETIVO Avaliar o impacto nas mudanças das prevalências de fatores de risco de doenças crônicas, divulgadas no Vigitel, após a inclusão de dados provenientes da população com somente telefone celular. MÉTODOS O estudo utilizou os dados das capitais obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde e do Vigitel, que foram realizados em 2013. Em cada capital, acrescentou-se uma subamostra de 200 adultos residentes em domicílios com somente celular, extraída da PNS, à base de dados do Vigitel 2013, com aproximadamente 1.900 domicílios, denominado Vigitel cadastro duplo. RESULTADOS Os resultados do Vigitel mostraram vícios relativos absolutos entre 0,18% e 14,85%. O sistema subestimou a frequência de adultos fumantes (10,77%), o consumo de leite com teor integral de gordura (52,82%) e o consumo de refrigerante (22,22%). Adicionalmente, superestimou a prevalência de hipertensão (25,46%). Nas simulações utilizando o Vigitel cadastro duplo, com inclusão da amostra de adultos residentes em domicílios com somente celular, o vício das estimativas foi reduzido em cinco de oito indicadores analisados, com maiores efeitos nas regiões com menores taxas de cobertura de telefonia fixa. Na comparação entre as regiões, observa-se correlação negativa (ρ = -0,91) entre o percentual de indicadores com presença de vício e o percentual de cobertura de domicílios com somente celular. CONCLUSÕES Os resultados do presente estudo indicam os benefícios da inclusão de uma subamostra de 200 adultos com somente celular na amostra do Vigitel, especialmente nas capitais das regiões Norte e Nordeste.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Telefone Celular/estatística & dados numéricos , Doença Crônica , Inquéritos Epidemiológicos/instrumentação , Inquéritos Epidemiológicos/métodos , Entrevistas como Assunto/métodos , Sistema de Registros , Fatores de Risco
19.
Rev. saúde pública (Online) ; 50: 37, 2016. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-962215

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To present national estimates regarding walking or cycling for commuting in Brazil and in 10 metropolitan regions. METHODS By using data from the Health section of 2008's Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Brazil's National Household Sample Survey), we estimated how often employed people walk or cycle to work, disaggregating our results by sex, age range, education level, household monthly income per capita, urban or rural address, metropolitan regions, and macro-regions in Brazil. Furthermore, we estimated the distribution of this same frequency according to quintiles of household monthly income per capita in each metropolitan region of the country. RESULTS A third of the employed men and women walk or cycle from home to work in Brazil. For both sexes, this share decreases as income and education levels rise, and it is higher among younger individuals, especially among those living in rural areas and in the Northeast region of the country. Depending on the metropolitan region, the practice of active transportation is two to five times more frequent among low-income individuals than among high-income individuals. CONCLUSIONS Walking or cycling to work in Brazil is most frequent among low-income individuals and the ones living in less economically developed areas. Active transportation evaluation in Brazil provides important information for public health and urban mobility policy-making


RESUMO OBJETIVO Apresentar estimativas nacionais sobre o deslocamento a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho no Brasil e em 10 de suas regiões metropolitanas. MÉTODOS Utilizando dados do Suplemento sobre Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008, estimamos a frequência de pessoas empregadas que se deslocam a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho estratificada por sexo, e segundo faixa etária, escolaridade, renda domiciliar per capita, residência em área urbana ou rural, regiões metropolitanas e macrorregiões do país. Adicionalmente, estimamos a distribuição da mesma frequência segundo quintos da distribuição da renda domiciliar per capita em cada região metropolitana. RESULTADOS Um terço dos homens e mulheres empregados desloca-se a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho no Brasil. Em ambos os sexos, esta proporção diminui com o aumento da renda e da escolaridade e é maior entre os mais jovens, entre os que residem em área rural e naqueles residentes na região Nordeste. A depender da região metropolitana, a prática de deslocamento ativo entre os mais pobres é de duas a cinco vezes maior do que entre os mais ricos. CONCLUSÕES O deslocamento a pé ou de bicicleta para o trabalho no Brasil é mais frequente entre os mais pobres e entre pessoas que vivem em áreas e regiões economicamente menos desenvolvidas. A avaliação do deslocamento ativo no País traz informações importantes para a discussão de políticas públicas de mobilidade.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Idoso , Adulto Jovem , Meios de Transporte/métodos , Ciclismo/estatística & dados numéricos , População Rural , Fatores Socioeconômicos , Meios de Transporte/estatística & dados numéricos , População Urbana , Brasil , Fatores Sexuais , Caminhada/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA